quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Aqui está o calendário lunar e o período de esperas nocturnas ao javali do mês Agosto de 2013.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Braco Alemão

Braco Alemão

HISTÓRIA
De origem alemã, o Braco Alemão de pêlo curto é conhecido na sua terra natal por Deutscher Kuurzhaariger Vorstehhund ou, simplesmente por Deutscher Kurzhaar. Pertence à família dos Bracos Alemães, da qual faz parte a variedade de pêlo de arame (Deutscher Drahthaarige Vorstehhund). Crê-se que a sua ascendência é protagonizada pelo Perdigueiro dos Burgos, Bird Dog alemão, Foxhound Inglês e Pointer Inglês, bem como por outros cães de faro alemães.

Este é um cão relativamente recente, cujo aparecimento remonta aos finais do séc. XIX. Todavia, o seu desenvolvimento deu-se durante os anos antecedentes, durante os quais se apostou na criação de um novo cão de tiro que apontasse, seguisse os rastos, e recuperasse as presas abatidas, quer em terra, quer nos rios, ou em terrenos pantanosos.

Em 1897, foi publicado o Zuchtbuch Deutsch Kurzhaar (livro genealógico da raça), apesar de existirem Deutscher Kurzhaar com distintas características. Esta diversidade levou a que muitos criadores se empenhassem na obtenção de parâmetros estéticos considerados ideais. Esta não foi definitivamente a orientação que o Príncipe Albrecht zu Solms-Brauenfels (da Casa Real de Hanover) adoptou nesta fase de apuramento da raça. Convencido que os atributos físicos e psicológicos se revelariam a longo prazo bem mais benéficos que as qualidades estéticas, este Príncipe patrocinou o desenvolvimento dos cães que conhecemos hoje.

Em 1925, é exportada uma cria para o Dr. Charles Thornton, na América do Norte, que continuou, nos precedentes cinco anos, a receber mais exemplares desta raça. Em 1930, o Kennel Club americano reconhece esta estirpe e, oito anos depois é formado o German Shorthaired Pointer Club of America. O standard americano da raça foi adoptado em 1946.

Na verdade existem três standards: o alemão (que é o mesmo adoptado pela Federation Cynologique Internationale ; o americano (adoptado pelo Kennel Club americano) e o inglês (utilizado na Austrália, Singapura, Malásia, Nova Zelândia e Hong Kong).

Actualmente, esta raça é criada para diferentes propósitos (cão de exposição, de companhia, etc.), o que por vezes é alvo de alguma crítica por parte daqueles que pretendem preservar o inicial intuito para o qual foi criada. Talvez por isso, foi criada a North American Deutsch Kurzhaar, em 1993, afiliada da sua congénere na Alemanha, que pretende preservar os tão apreciados instintos de caça que existem nesta linhagem.

TEMPERAMENTO

Os Bracos Alemães de Pêlo Curto são excelentes cães de família e de tiro. Em casa, são alegres, altamente energéticos e apreciam a companhia dos seus donos. Como não lidam bem com a solidão, estes animais são uma companhia sempre presente, que necessitam de atenção e adoram participar nas mais diferentes actividades ou jogos que lhes são propostos.

Na sua relação com as crianças são amigos e brincalhões, mas é sempre aconselhável que sejam supervisionados. São cães relativamente sociáveis se forem habituados a conviver com estranhos. Tal aspecto pode ser melhorado se, durante o seu crescimento, os habituarem a estar perante pessoas e animais fora do círculo familiar.

Dada a sua tendência para ladrar, este cão revela-se ainda um óptimo cão de guarda.
Como cão de tiro, é um parceiro inteligente, versátil e dotado com grande resistência física. Adapta-se a quase todos os cenários: quer em terra, quer nos rios ou terrenos pantanosos - onde desempenha com eficácia as funções de cobro, apontar e perseguir a caça.

DESCRIÇÃO

Este elegante cão de tiro, mede entre os 58-64cm (machos) e 53-59cm (fêmeas) na cernelha. O seu peso pode oscilar, nos machos entre os 25-31,7Kg e, nas fêmeas, entre os 20,2-27,2 Kg.

A sua pelagem é curta, áspera e lisa, de coloração uniforme (cor fígado) ou manchada (fígado com manchas e/ou riscas brancas; ou preto com manchas brancas e/ou riscas brancas).

A cabeça é larga e bem delineada e o chanfro é ligeiramente definido. Os olhos são de tamanho médio, normalmente castanhos escuros, e as orelhas são largas, de inserção alta, trazidas pendentes junto às faces. Este cão é dotado com uma belíssima postura, uma vez que possui uma construção harmoniosa e robusta. O pescoço é muito musculoso, de comprimento proporcional ao corpo, e o peito é bastante mais profundo que largo. O dorso é musculado tal como o lombo, que é curto e largo.

OBSERVAÇÕES

O Braco Alemão tem uma esperança média de vida que oscila entre os 12 a 15 anos. É normalmente considerado um cão saudável, mas convém indicar quais os problemas mais comuns aos quais se deve estar especialmente atento: epilepsia, obesidade, doenças da pele, displasia da anca e doenças genéticas da visão.

A pelagem deve ser escovada semanalmente, altura em que se devem verificar as orelhas para a prevenir infecções.

Estes cães são exigentes em espaço e actividade. O ideal é que disponha de uma área cercada na qual possam estar livremente. Vivam ou não fora de casa, a prática de exercício físico é extremamente importante, não só para a sua condição física, como também para o seu bem estar psicológico.




terça-feira, 11 de junho de 2013

Setter Inglês

Setter Inglês

HISTÓRIA

O criador da raça, de seu nome Edward Lawerack, utilizou um cruzamento de Braco espanhol e Pointer francês por volta do ano de 1800 para chegar ao belo exemplar que hoje conhecemos. O nome Setter (deriva da palavra sitting) é explicado pela forma original como esta raça se senta após ter encontrado a caça. Possui um faro excepcional que lhe permite detectar a passagem da caça mesmo horas depois. É um caçador incansável, adaptando-se bem a qualquer tipo de terrenos e resistente às intempérie e calor estival. Trabalha muito bem sob as ordens de um único dono. Embora a sua função original seja a caça, facilmente se adaptou à vida em casa. Uma vez que é bastante obediente e não ladra desnecessariamente, pode ser criado em espaços pequenos, não dispensando a sua dose de exercício diário. É que apesar de muito ligado ao dono, o Setter Inglês preza também a sua liberdade.

TEMPERAMENTO

Obediente, afectuoso e com bons reflexos.

TIPO DE PÊLO

Comprido, sedoso e acamado. Não deve ser frisado. Forma longas franjas na parte anterior do pescoço, na face caudal dos membros e nas nádegas. Cores: preto e branco, branco e limão, branco e castanho e branco e laranja (bicolores), e preto, branco e fogo (tricolores).

DESCRIÇÃO

O Setter Inglês é um cão elegante, sendo a sua cabaça alongada com uma ligeira depressão nasofrontal. O stop é bem marcado. O nariz é largo tendo uma cor negra ou muito escura. Os olhos são cor de avelã, grandes e brilhantes tendo uma expressão afável. As orelhas são pendentes com a ponta aveludada. Possui uns pés compactos e fortes. A cauda é comprida e continua a linha do dorso, possuindo um franjado que diminui de tamanho até à ponta.

OBSERVAÇÕES

O longo pêlo claro requer alguns cuidados para que não fique sujo e com emaranhados, devendo ser escovado regularmente.




domingo, 9 de junho de 2013

Coelho Bravo

Coelho Bravo

É uma das doenças mais graves que atacam os coelhos, ocasionando grande mortandade no plantel, e propagando-se rapidamente entre os animais sãos. Os animais, quando atacados pela mixomatose, apresentam os seguintes sintomas:

no início da doença aparece um corrimento nasal que vai aumentando, chegando às vezes a dificultar a respiração do animal.

Em seguida apresenta os olhos congestionados e inflamados, com grande secreção purulenta. Logo aparecem pequenos tumores na base da orelha, nariz e lábios, que vão se estendendo por toda a cabeça, a qual se apresenta muito inchada.

Após os primeiros sintomas, estes tumores espalham-se por todo o corpo, principalmente no ânus e órgãos genitais, onde são encontrados em grande número.

Estes tumores, quando abertos, deixam sair um líquido mucoso de cor rosa. O animal apresenta uma febre ligeira, emagrece e morre geralmente entre 4 a 8 dias, após o aparecimento dos primeiros sintomas. É a mixomatose muito contagiosa, e sua transmissão é feita pelos mosquitos e pulgas.

Recomenda-se vacinar os animais preventivamente.

Vermes Intestinais

Os coelhos são também atacados pelos vermes intestinais que ocasionam sérios prejuízos nas criações infectadas.

Os coelhos contaminados perdem o apetite, enfraquecem rapidamente, apresentando-se sempre magros, chegando muitas vezes a ter convulsões e paralisia. Na autópsia dos coelhos doentes os intestinos apresentam-se endurecidos e resistentes ao corte, e no seu interior encontramos geralmente grande quantidade de parasitas

É este tipo de doenças que fazem com que os coelhos desapareçam,e faz com que o próximo ano venatório seja péssimo.
E o que podesmos fazer para que isto deixe de acontecer ou diminuía nas nossas reservas???fica aqui o desafio!!!



Épagneul Bretão

Épagneul Bretão

HISTÓRIA

A origem desta raça é muito discutida e polémica e o cerne da questão centra-se em dar-lhe ou não origem espanhola.

A origem desta raça já foi portanto muito discutida mas nunca se chegou a algo conclusivo e definitivo. De facto, alguns defendem que a raça não tem nada a ver com os cães existentes na Península Ibérica e teria portanto formação autóctone francesa definida como “Spaniel”, não porque provinha de Espanha mas porque deriva do verbo francês “espanir”, que designa agachar-se, esconder-se, acção típica desta raça quando se aproxima da caça. Por outro lado, há quem defenda que a raça vem exactamente do cruzamento do Setter branco e laranja com cães franceses desconhecidos.

O que é ponto assente para todos é que o Epagneul Bretão é das raças mais apreciadas em todo o mundo e foi em 1896 que se apresentou, na capital francesa, o primeiro exemplar da raça. Só mais tarde foi reconhecido, em 1938, o que vem demonstrar as várias vicissitudes por que esta raça passou.

O Epagneul Bretão é um caçador por excelência, com aptidão especial para a narceja, perdiz, codorniz e lebre. Apresenta ainda qualidades naturais para caçar a galinhola. É extremamente resistente ao frio e à humidade e infatigável na caça.

É o único spaniel no mundo que aponta caça. Trata-se de um óptimo cão de galinholas e que também recupera aves selvagens. Assim, pode ser spaniel de tamanho mas a sua função é de pointer.

TEMPERAMENTO

Companheiro leal e obediente, equilibrado, simpático, rústico, grande franqueza e doçura, ardente na caça, sociável com os seus congéneres pelo que nunca causará problemas durante os passeios, inteligente, adestrável, facilmente adaptável a diferentes circunstâncias, educado, muito dócil, expansivo e brincalhão, é o companheiro ideal.

Contudo, se for sujeito a meios violentos pode ficar muito tímido e reservado, nunca procurará a luta ainda que saiba manter a sua dignidade, sabe transmitir a sua alegria de viver, o seu desportivismo e o seu temperamento activo a toda a família, pois a sua capacidade de comunicação não tem limites.

Tem uma grande fama entre os caçadores, mas também tem vindo a ganhá-la entre os cães de companhia mais apreciados devido à sua fácil adaptação à vida em apartamento, ao seu tamanho, doçura para com as crianças, e a sua fidelidade para com o dono.

EXERCÍCIO FÍSICO

O exercício físico constitui um elemento essencial no desenvolvimento psicológico e físico do seu Epagneul Bretão. Tal atenção deve ser redobrada no caso do animal ficar sozinho o dia inteiro enquanto o dono está ausente. Assim, deve ajudá-lo a ultrapassar este problema através de um passeio diário, ou mesmo brincando vivamente com ele.

Se puder despender de mais tempo, pode sempre correr ou andar de bicicleta acompanhado pelo seu cão. Mas atenção, tenha sempre em conta a sua idade, porque não queremos exagerar e tal como acontece consigo próprio(a) antes de praticar algum desporto deve sempre lembrar-se de o ajudar na parte do aquecimento muscular, evitando assim alguma lesão.

Bastará brincar um pouco com ele de um modo suave e ele ficará pronto! Se o levar preso por uma trela deve ter o cuidado de que esta seja suficientemente grande de modo a que o cão posso correr e saltar livremente.

Mas se a sua ideia é ir para fora uns dias, e se puder levá-lo consigo mas tem receio dele não gostar do “passeio”, não se preocupe porque ele adorará acompanhá-lo até porque a sua alma de nómada assim o impulsiona. Adoram ir à rua, passear, viajar! Mas acima de tudo o que eles gostam é de estar com os donos. Se, apesar de tudo chegar à conclusão que não o pode levar, então a primeira coisa a fazer é tentar deixá-lo com os seus familiares e amigos. Não se esqueça de lhes indicar os horários de alimentação, a hora a que está habituado a ir à rua, e por último, mas não menos importante, o seu contacto para as emergências. Se não for possível tal solução, então terá de procurar um BOM hotel para cães.

O treino deste cão é moroso, mas vale a pena porque os resultados são excelentes. Escolha um lugar calmo, sem outros animais ou pessoas que possam perturbar a concentração necessária. As lições devem ser curtas e alegres.

APARÊNCIA GERAL

Cão elegante e vivo, muito vigoroso, com substância, de expressão inteligente. O comprimento de corpo é igual à altura do garrote. Peito a descer totalmente ao nível do cotovelo. relativamente à cabeça, as proporções ideias são: Crânio - 12 cm; Chanfro - 8 cm. O crânio é arredondado, tanto de frente como de perfil. Visto de cima, as paredes laterais são igualmente arredondadas. As linhas crânio-faciais são paralelas ou ligeiramente divergentes. O stop tem uma depressão bastante acentuada.

O nariz tem uma cor mais escura que o corpo; é aguçado de comprimento médio. Narinas bem abertas, permitem-lhe farejar mais facilmente. O chanfro é direito, mais curto que o grande eixo do crânio. Os lábios são finos e bastante salientes; o lábio superior ultrapassa ligeiramente o inferior.

A dentição é completa, articulada em tesoura. Os olhos são bastante redondos, dispostos horizontalmente. Cor de harmonia com o nariz e manto. Expressão desperta e viva. Os orelhas possuem uma implantação alta, de forma triangular, ligeiramente arredondadas na extremidade, bem guarnecidas de pelos ondulados.

O pescoço tem um comprimento médio, bem afastado das espáduas. As rótulas são sólidas e têm uma franja que se estende até metade da coxa. Pele fina, macia e bastante lassa, mas não formando papadas. Os pés são fortes, relativamente pequenos, providos de almofadas espessas. Os membros parecem desproporcionais relativamente ao corpo. Relativamente ao corpo, a Linha Superior é Direita e bem marcada.

O dorso é curto e direito. Os rins são curtos largos e sólidos, de 8 a 10 cms de comprimento aproximadamente. A garupa é muito ligeiramente inclinada. O peito é largo, lados bem marcados, bem desenvolvido para trás. O ventre e a linha inferior são normalmente subidos sem ser em excesso. A cauda é direita ou ligeiramente caída.

Comprimento de 10 cms no máximo. Alguns exemplares nascem sem cauda. Relativamente aos membros anteriores, os ombros são oblíquos e musculosos. Braço ossudo e musculoso. Antebraço muito recto. Metacarpo ligeiramente oblíquo, fino e musculoso. No que concerne aos membros posteriores as coxas são largas e muito musculosas. Curvilhão na mesma vertical da ponta da nádega.

TIPO DE PÊLO

Tem um pêlo exterior e um pêlo interior. No corpo, o pêlo exterior tem um comprimento médio, liso ou ligeiramente ondulado, mas nunca encaracolado, e é facilmente distinguível do pêlo interior que é curto, suave e denso. A quantidade deste está directamente relacionada com a época do ano em que se está.

Estes dois tipos de pêlo, servem de excelente protector contra a chuva, contra as temperaturas quer muito altas quer muito baixas. O pêlo é tudo ele cintilante transparecendo boa saúde. Todas estas cores e combinações são aceitáveis: Branco e laranja, branco e castanho, branco e preto. Tricolor: branco, laranja e preto, ou branco, laranja e castanho.

SAÚDE E HIGIENE

Relativamente à saúde, e devido à sua rusticidade não exige cuidados especiais, exceptuando-se a vigilância que deve ser efectuada ao nível dos ouvidos, onde a cera e os pêlos podem causar infecções e otites. Mas se o cão se passeia habitualmente pelo campo há ainda que ter em conta o potencial perigo representado pelos parasitas que eventualmente se podem alojar no ouvido.
Relativamente a banhos serão necessários com uma regularidade anual, no caso de não ser cão de exposição, e a escovagem do pêlo deve ser realizada semanalmente.

Os cachorros dependem do leite materno para obterem os anticorpos que necessitam, e aproximadamente duas semanas após serem desmamados denota-se um decréscimo da sua imunidade natural. Assim, não deve descurar este aspecto e levar o animal ao veterinário de modo a que seja realizado um check-up e se planeie o calendário de vacinação do animal. No caso de verificar uma diminuição de apetite, vómitos, diarreia ou tosse, deve avisar de imediato o seu veterinário.


sábado, 8 de junho de 2013

Podengo Português

Podengo Português



HISTÓRIA

O Podengo Português está classificado como uma raça de tipo primitivo, sendo assim considerada uma das mais antigas raças de cães conhecidas. Entre os seus mais prováveis ascendentes encontra-se o Pharaoh Hound, o cão dos faraós do Antigo Egipto.

Pensa-se que o Podengo Português foi introduzido no nosso país por volta de 700 a.C. pelos mercadores fenícios que na altura asseguravam as trocas comerciais por todo o Mediterrâneo. Aquando das invasões árabes, entre os séculos VIII e XII, os podengos foram cruzados com outras raças de cães primitivos provavelmente com as mesmas origens do podengo, mas ambos desenvolvidos de forma diferente.

A primeira referência escrita a cães caçadores de coelhos é feita em 1199, no reinado de D. Sancho. A partir desta data, surgem vários registos referentes a cães de caça, usados inclusivamente em caçadas reais com estas características. Contudo, o Podengo Português deve a sua popularidade ao povo mais humilde que o adoptou como cão de caça.

Existem seis variedades de podengo: duas variedades de pêlo – liso e cerdoso - e três variedade de tamanho – pequeno, médio e grande - que se combinam entre si.

As variedades de pêlo surgiram da adaptação ao clima: a variedade de pêlo liso é mais comum no Norte de Portugal, uma vez que o pêlo liso seca mais facilmente depois de molhado, devido às chuvas frequentes que ocorrem acima do Douro. A variedade de pêlo cerdoso é encontrada nas planícies Alentejanas, onde o pêlo protege a pele dos raios de sol e do frio no Inverno.

As três variedades em termos de tamanho ajustam-se facilmente aos diferentes terrenos e presas. O Podengo Grande caça presas maiores em terrenos planos, sendo veados e javalis as presas mais comuns. Devido à diminuição destas espécies e à implementação de restrições à caça grossa, o Podengo Grande passou a ter menos "uso" e consequentemente menos adeptos. É a variedade mais rara, e o número de exemplares tem descido a partir da década de 70, ao ponto de os registos iniciais desta variedade (RI) estarem abertos a exemplares em Portugal.

O Podengo Médio é especialista em terrenos mais acidentados. É perito em perseguir coelhos, matar a presa e devolvê-la ao caçador. Já a menor estatura do Podengo Pequeno permite-lhe entrar nas tocas para expulsar os coelhos. As três variedades trabalham em matilha e muitas vezes em conjunto, auxiliando-se na caça ao coelho, por exemplo.

As variedades mais populares são a pequena e a média, devido ao grande número de adeptos de caça ao coelho e também porque a estatura dos animais torna-os bons cães de companhia.

As variedades mais pequenas foram também utilizadas como caçadores de ratos. Este trabalho era sobretudo útil em barcos e pensa-se que terão sido levados nas caravelas e outras embarcações na altura dos Descobrimentos. O Podengo Português espalhou-se assim um pouco por todo o mundo e acredita-se que esteja na base de várias outras raças de cães.

A teoria mais aceite até à pouco tempo era a de que as variedades mais pequenas surgiram a partir da miniaturização da variedade maior. Contudo, existem outras correntes que defendem que as várias variedades têm origens diferentes. Uma origem alternativa seria descenderem de pequenos lobos ibéricos.

O Podengo Português estreou-se em exposições caninas em 1902, apesar de o estalão da raça só ter sido publicado em 1955. Foi apenas a partir desta data que as várias variedades de Podengo foram estabelecidas, exceptuando o Podengo Pequeno com pêlo cerdoso que apenas foi incluído no estalão em 1978.

Na última década o Podengo Português tem crescido de popularidade no nosso país e encontra-se actualmente entre as 10 raças mais populares, segundo os dados do Clube Português de Canicultura.

TEMPERAMENTO

O Podengo Português é um cão de espírito vivo e boa disposição. É corajoso e inteligente, sendo todas as variedades boas escolhas para cão de companhia. Com os donos é afectuoso e é de confiança com crianças mais velhas que saibam respeitar o espaço pessoal do cão.

Rústico, activo e um pouco barulhento está sempre pronto para brincar. O Podengo Português sofre bastante com a solidão e gosta de ser incluído em todas as actividades familiares. É um cão simpático que recebe bem os estranho, mas atento e alerta, não deixa de ladrar em aviso.

Como cão de caça, usado em matilha, convive com outros cães. Devido ao seu forte instinto de caça, é preciso algum cuidado com animais mais pequenos.

O Podengo Português tem os sentidos de visão, olfacto e audição muito apurados e tende a distrair-se com o mais pequeno barulho. São cães capazes de seguir uma pista até se perderem por não conseguirem encontrar o caminho para casa. Por este motivo, nunca devem ser soltos na rua, a não ser em locais perfeitamente vedados.

Bem adaptados à vida no exterior, o Podengo necessita contudo de um abrigo adequado. As variedades Média e Pequena adaptam-se bem a pequenos espaços vivendo perfeitamente em apartamentos urbanos. O Podengo Português dá-se bem em climas quentes ou húmidos.

EXERCÍCIO E TREINO

Como cão de caça, o Podengo Português está preparado para aguentar dias inteiros de exercício. O Podengo de companhia não necessita de ser estimulado o dia inteiro, uma vez que estes cães são activos em casa. Contudo, indispensáveis são os passeios diários e as sessões de brincadeira.

Como se trata de um cão extremamente inteligente, estimule a curiosidade e a mente do cão explorando sempre que possa caminhos alternativos ao passeio clássico à volta do quarteirão.

O Podengo Português é uma boa raça para agility e outras actividades caninas semelhantes.

O treino do Podengo Português aprende rapidamente e retém os comandos facilmente, mas distrai-se facilmente com os sons, cheiros e imagens à sua volta.

APARÊNCIA GERAL

Existem seis variedades do Podengo Português, que combinam as variedades de estatura com as variedades de pêlo:

Grande com pêlo curto;
Grande com pêlo comprido (cerdoso);
Médio com pêlo curto;
Médio com pêlo comprido (cerdoso);
Pequeno com pêlo curto;
Pequeno com pêlo comprido (cerdoso).
OS Podengos têm a mesma confomração, exceptuando no que diz respeito ao tipo de pelagem e tamanho e peso:

A mais pequena variedade do Podengo mede 20 a 30 cm e pesa 4 a 6 kg;
O Podengo Médio tem entre 40 e 55 cm e pesa entre 16 e 20 kg;
O Podengo Grande vai desde os 55 até aos 70 cm.

Todas as variedades do Podengo Português são bem proporcionados, com um bom esqueleto e musculados. A cabeça é seca e em forma de pirâmide quadrangular, com base larga e extremidade bastante afilada. As orelhas têm ima inserção oblíqua e média, com grande mobilidade. Apresentam-se direitas, verticais ou um pouco inclinadas para diante, quando atentos. São pontiagudas, largas na base, de forma triangular, finas e mais altas do que largas.

Os olhos possuem uma expressão de olhar muito viva e são pouco salientes nas órbitas. Podem ter várias tonalidades: desde a cor do mel à castanha, consoante a pelagem. De formato oblíquo e pequeno, são cobertos por pálpebras com pigmentação mais carregada do que a cor da pelagem. O nariz é adelgaçado e truncado obliquamente e é proeminente na ponta. É também de cor mais carregada do que a pelagem. Os lábios são encostados, finos, firmes e rasgados a direito. Os maxilares são normais com dentes brancos e sólidos. O pescoço apresenta uma ligação harmoniosa com a cabeça e com o tronco. É a direito, comprido, proporcionado, forte e bem musculado sem vestígio de barbela.

Relativamente aos membros anteriores e posteriores são bem aprumados de frente e de lado, bem musculados e secos. Os braços são compridos, oblíquos, fortes e bem musculados. As mãos e pés são arredondados com dedos compridos, fortes e unidos de curvatura fechada. As unhas fortes e curtas são de preferência escuras. As palmas apresentam-se resistentes e duras. A coxa é comprida, de largura média e musculada. A perna é oblíqua, comprida, seca, forte e musculada. A cauda tem uma inserção mais alta do que baixa. É forte, grossa e pontiaguda, de comprimento médio. Em repouso cai entre as nádegas e em acção levanta-se horizontalmente, ligeiramente arqueada, ou, verticalmente, dobrada em foice, mas nunca enrolada.

O tronco apresenta uma linha superior do tronco direita ou ligeiramente arqueada, já a linha inferior é ligeiramente subida. O peitoral é pouco saliente e musculado, não sendo muito largo. O peito é descido, de largura média e comprido, com esterno inclinado para trás e para cima. As costelas são pouco arqueadas e oblíquas. O dorso é direito ou ligeiramente mergulhado e comprido. O lombo é direito ou ligeiramente arqueado, largo e musculado. Os andamentos são velozes e ágeis.

TIPO DE PÊLO

Existem duas variedades de pêlo no Podengo Português. A pelagem curta é lisa, macia e mais densa do que a variedade de pêlo comprido. A pelagem mais longa é cerdosa e mais comprida no queixo, formando uma “barba”.

As cores predominantes são o amarelo e fulvo nos animais de variedade claro, comum e escuro ou torrado e preto mal tinto ou desbotado. Podem também ser unicolores ou malhados de branco.

SAÚDE E HIGIENE

O Podengo Português é considerado um cão muito saudável.

Qualquer das variedades, curto ou comprido (cerdoso), não apresentam subpêlo o que diminui drasticamente a quantidade de pêlo que os cães, em certas épocas do ano, espalham pela casa. De fácil manutenção, precisa apenas de escovagens semanais.